quarta-feira, fevereiro 13

Dualismo


Uma coisa interessante e comum de se ver, é a filosofia do dualismo que está presente na sociedade. Nominada por Renée Descartes, consiste em duas entitades de iguais forças ou em condições mútuas de existência, uma em contrapartida com a outra, que resultam em uma síntese ou em uma coexistência degladiante.
Parece complicado, não é? No entanto uma religião muito comum, na verdade a mais comum do mundo, o cristianismo, baseia-se fundamentalmente nisto, no eterno conflito Bem vs. Mal. Na verdade não só o cristianismo, mas uma infinidade de religiões e conceitos.
Fora do misticismo e da filosofia, o dualismo é apresentado também constantemente, seja na elegância e praticidade do preto e branco, ou mesmo em um contraste da pureza de uma bailarina jovem com a malícia de seu perfume, em um outdoor.
Interpretado de várias maneiras, o dualismo pode ser tanto benéfico quando maléfico, assim como uma infinidade de coisas. Tomando como exemplo imparcial e não prejorativo, a concepção Bem vs. Mal deixa aos seus adeptos subjetivamente apenas uma opção: o bem, pois tudo que é vantajoso está nele, e tem como grande bênção na maioria das vezes a vida etérea. Isso limita de certa forma a pessoa quanto a suas experiências e aprendizados; novamente não tenho intenção alguma de denegrir a imagem deste conceito nem qualquer religião ligada à ele; porém a pessoa deixa de fazer coisas as quais, possivelmente, aprenderia melhor sobre através da experiência, e mesmo que decidisse não fazê-las como não faria dentro da concepção preventiva dela, ela deixaria de fazê-las com absoluta convicção, sabendo agora experimentalmente os motivos porque deixa de fazê-las. Lógico que certas coisas devem ser mantidas na prevenção, ou seja, não é preciso sair matando para saber que as consequências são absurdamente impactantes e não há nada de bom em fazê-lo.
Mas há coisas que faz sentido testar. Infelizmente eu não me recordo de nenhum dado específico, mas um biólogo fundador de um instituto de pesquisas sobre cobras injetou em si mesmo, através de anos, doses progressivas de veneno de cascavel(Crotalus terrificus) até que, um dia, ao ser realmente picado por uma acidentalmente, nada aconteceu a não ser uma suadeira por algumas horas. Perdoem o meu exemplo exagerado, porém foi uma maneira simples de tentar explicar o que eu quis dizer.
E é aqui que peço a vocês: Reparem na imagem deste texto. Esta representa uma outra interpretação do dualismo, uma que eu julgo fascinante. O símbolo chinês do equilíbrio ou o "Yin Yang" é deslumbrante ao dispor o dualismo como o equilíbrio absoluto entre duas forças; opostas ou correlacionadas de maneira contrastante, no entanto tanto o Yin como o Yang têm um pequeno ponto com sua força oposta, ou seja: "Não há luz que não gere um pingo de escuridão, nem escuridão sem um pingo de luz". E uma interpretação que gostaria de deixar para vocês disto é: A experiência vem da moderação e da mesclagem comedida de vivências e conhecimento preventivo, nunca só de um destes.

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